segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Algumas questões para provocar as vossas investigações!

- Como que é sua dança?
- O que é a sua dança?
- Para onde você quer que ela vá?
- Quais as ferramentas para criar uma dança?
- Qual é a sua posição de artista?

Rose Rocha

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Questões surgindo....

Hoje durante o experimento surgiu 3 questões que penso em explorar ...

1-Como o impulso de uma parte do corpo,(no caso a perna) gera novas possibilidades de movimentos... O que empurro??
2-O que vejo entre os espaços que os corpos criam? Como preencho o mesmo?
3-Como "brincar" com as possibilidades de frente e traz de um corpo?

Ludmila....

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Assim por diante

Mover por 30 segundos e rebubinar.
Mover por 1 minuto e rebubinar.
Mover por 3 minutos e rebubinar.
Po fim, movimentar esses 4 30 rebubinando.

Bjo e
Boa sorte! rsrs
Propósta de estratégia para Emanuella:

Proponho que a manu aproxime e afaste das idéias/estratégias que estao sendo desenvolvidas pelas outras pessoas, se relacionando de alguma maneira com a questao de cada uma.

abraços...
Kel

Proposta para Raquel.....

Pensando na idéia de junto, proponho para o próximo encontro que vocÊ escolha possibilidades de estar junto com os outros integrantes do grupo sem que haja toque...

Ludmila

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Imagino,crio,falo....
Faland,Imaginando,criando...
O que quero comunicar?? Uma dança que se constrói buscando dialogar com as estratégias de cada indivíduo..

sentidos

Lateralidades e direções. Escolhas: de onde estar e aonde irei.
Estímulos internos e externos acarretam linhas, essas trazem sentidos que surgem da interação do presente ou de vivências já classificadas no corpo.



Alina
Calora na aula do dia 15\10.

terça-feira, 20 de outubro de 2009

e assim por diante...

O desafio está entre o 8 e o 80, entre as possibilidades do fazer e dizer, 70 e tantas e tantos modos de continuar mover, enquanto discuto: caminho...


Bia
(aula do dia 15/10)

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Aula para dia 17 de setembro

Proponência de Fernanda Viganó e Renata Roel

-Sequência da última aula focando na observação e qualidade de movimento do outro;
-Construir uma trajetória simples no espaço onde o outro vai traduzi-la verbalmente;
-Duas pessoas propoem uma determinada trajetória no espaço com a sequência e esse movimento será vivenciado pelas outras pessoas do grupo;

-Uno com interferência do grupo.

-Estudo do Livro "o fazer dizer do corpo" de Jussara Setenta.

Algumas sensações sobre o UNO do dia 10 de setembro

Foi bom dançar o UNO com o grupo da FAP...

Foi bom perceber que tem momentos em que eu vivo o momento presente sabendo exatamente o que estou fazendo...e que tem momentos que eu não sei de nada...

Foi bom a construção do UNO do dia 10/09/09 através das propostas do grupo...

Foi bom ver Peter e Isa dançando e dançar com eles...


Mariana Batista

terça-feira, 15 de setembro de 2009

O que move...





A provocação promove o movimento do espaço.
Quem age também observa, produz a sensação do sempre-presente.

Fernanda Viganó

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

UNO

Para
Volta
Muda

Fica a urgencia de se organizar no espaço com a passagem de algo que tento eu observadora que se repita numa Volta...

Quais as estratégias crio para de estar em e com os 4?
Repetir e Voltar.
Agarrar o momento Presente e construir com Presença.

Esgotar???


renata roel

com o outro...

O provocar e os limites.
Me propor a permanecer na proposta do outro.
Pegar a proposta do outro pra mim.

Surge entao, um lugar inquieto pensando em como estou com o outro, o quanto ele me provoca ou me estabiliza.

Quais as minhas estratégias de provocar, de analisar limites e de estar resolvendo no tempo real?
O quanto uso consciente a força do outro pra me mover?


renata roel -14/09/2009

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Aula para 10/09

Proponentes: Renata, Fernanda e UNO.

- Sequência de aquecimento com foco nas provocações e extrapolação de limites.

- Estratégias para compor com o ambiente: descrever fisicamente uma pessoa, luta - alguém tem que vencer, sequência do aquecimento (podem surgir outras estratégias a partir das propostas).

- UNO: lançar provocações no ambiente.

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Sobre a aula do dia 03/09

Provocar e Ser provocado, acho importante pensar nesses dois lugares. Até onde eu provoco por querer, sem querer e até onde eu me abro para a provocação, utilizando ela a meu favor, no sentindo de explorar as sensações e as vontades geradas por ela.

Descentralizar - Centralizar - VOLTA? Acho que não existe uma volta, mas dois lugares. um centralizar depois do desenctralizar e vice-versa.

Palavra: AINDA...

- SENNSAÇÃO DE CONTINUIDADE, UM ENTRE, UM QUASE LÁ...
- SEMPRE TEM
- LIMITE
- SUPORTAR

Mariana Batista

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Provocações...

Provocar...Pertubar...ser perturbado...

"LIMITES"
Até onde pode chegar?
Tentativa...Frustração...Alcance!
Ir para onde alcança, tentar alcançar
Alcançar tentando!
Além...Chegar além, descobrir o máximo...o que é o máximo?

Invadir limites, ultrapassar ou criar limites.Respeitar, conhecer...conhecemos o limite? o nosso limite?

até onde podemos aguentar?
tempo incomodo dor vontade resposta curiosidade

fica a provocação...



Kel Bombieri

Impressões gerando novas descentralizações

Descentraliza e provoca!
Provocar é a palavra do momento. Nessa provocação, algumas coisas passam, outras deixam um registro no espaço.

Eu tomo tempo...percebo qual é a minha responsabilidade neste lugar.

De fora estando junto , a membrana permeável permite deslocamentos de pensamentos, o espaço não se configura mais da mesma forama, tem muito movimento, e o voltar...como já dito, não é mesmo. Então como? Até quando? Até onde é possível voltar?

Fernanda Viganó

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

sobre os olhos...

Quando Bia falou do olhar, lembrei da Lisa Nelson...
Encontrei algo a ser compartilhado:

«Os olhos não costumam ser usados no sentido de percepcionar significados a partir da luz, mas é assim que os usamos quando dançamos». Há uma constante composição da visão, do olhar, em resposta a um ambiente muito complexo, já que, estando o corpo em movimento, também o está aquilo que o rodeia. (Lisa Nelson)

o que me provocou?

descentralizar e deslocar

onde é o centro?
qual é o movimento da volta? é o simples "fazer que volta?"
como eu percebo um movimento que é provocador abrindo outras possibilidades ou uma outra. Acatar, estar junto, olhar e agir no grupo, pelo grupo e dentro.
Estar no espaço e pelo espaço me provoca tentar propor dentro mais do que propor e manter um olhar que espera a resolução.

Como percebo as co-autorias que movem espaços e ações?
Como a informação se constrói e por onde ela continua?
Por que eu me coloco para AGIR?

A provocação de quem olha e propoe agora é distante e a vontade é de olhar acatar propondo-provocando.

renata roel

sábado, 29 de agosto de 2009

Impressões

Lendo as impressões de vocês durante as experiências vividas nas propostas das aulas.

O corpo oferece infinitas possibilidades de sensibilizar o imaginário. Tornando físico, material, pálpável, concreto, vivo.

O movimento, a partitura, as palavras, as sensações, o desenho....

Entre o imaginário e o palpável.

Rose Rocha

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Aula para 28/08/09

Proponetes: Fernanda e Renata.

"Não tenta sustentar o presente, em vez disso, descloca-o."

Provocar - Perturbar e instigar a continuidade desses deslocamentos e descentramentos."

(Jussara Setenta)

- Exercício de expansão do centro para as extremidades.

- Exploração da descentralização pelas partes do corpo e deslocamentos fora do eixo.

- Sequência para experimentação do deslocar e do descentralizar em grupo.

- Exercício de escrita a partir dos registros realizados na última aula.

domingo, 23 de agosto de 2009

Aula do dia 21/08/2009 - Proponentes: Fernanda, Mariana e Renata

sobre a dança da Loana: Toca, Passa, chega lá e volta, sem permanecer, alcança e parte para o alcance do próximo ponto escolhido.

sobre minha dança: passar pelo espaço preenchendo-o. Pertencer a ele, utiliza-lo.

Abraços
Raquel Bombieri

sábado, 22 de agosto de 2009

Exercício em continuidade 06/08/09 - Proponentes: Mariana, Renata e Fernanda.

Ramalho dança eu escrevo

Aquece o braço pra pegar no pé, no cotovelo e sofre ou finge que sofre. Movimento de troca de lado repeitdas vezes. Pega a metralhadora e ataca. Parada de mão. Queda! Sacro atravessou o chão e pronto! CONSEGUI!
Atira! Lança extremidades com força pra fora, barulho.
Penso eu, penso você - De onde vem?
Pega no pezinho e se confundem forças opostas quem comanda em quem? Mão pé, mão pé.
Subo novamente e braço volta a trocar de lado como no início e braço comanda para parada de mão, e rola...
Saiu... e eu ainda e eu ainda escrevo...


Loana dança e eu escrevo

Predominância da parte superior. O tronco dá uma jogadinha e lá vem o resto. Por segundos vira um corpo massa, organizando-se pela jogadinha e estabilidade.


Eu danço eu escrevo

Uma organização de sobrevivência e movimento para deslocar-se

____a____t____r___a___v____e____s____s____a______a_______n__o___ç___ã___o______d___o_____c___h___ã__o____


percepção de limites do corpo em relação ao chão, baixo, abaixo do chão? Corpo e peso sem limites horizontais, e a gravidade?




Obrigada!
Ju Alves

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

uno

"UNO", é uma coreografia do Grupo de Dança da FAP, criada em 2008. Proposta pela coreógrafa Rosemeri Rocha
Ele é o resultado da pesquisa do mestrado, que teve como proposta revisitar as cinco obras do repertório do Grupo.
Hoje, "UNO" é ponto de partida para estudar o segunte tema " O corpo propositor em dança contemporânea", nos estudos do doutorado.

O elenco original é composto por Mariana Batista, Camila Chorilli, Isabela Schwab. Atualmente os criadores-intérpretes Peter Abudi e Aline Vallim estão colaborando,fazendo parte da continuidade da pesquisa da obra.

UNO, apresentação no Simpósio de Dança em Curitiba, dia 29.7.09

Quando eu assisto o UNO, sinto toda a minha vida circulando naquele momento que a cena acontece, como um filme...

Percebo algumas imagens, algumas reconhecidas outras não. Essas imagens são pessoas, situações, sensações, músicas, vidas, lugares, situações...

Os corpos que vejo na cena, representam coisas que eu acredito, eles provocam um revisitar de vidas sobre outras vidas.

Histórias com e sem nexo.

Fico emocionada e alterada, me faz repensar sobre o próprio ato de viver e o como.

As crenças, as virtudes, os defeitos, os valores, as belezas, o grotesco, as alegrias, as tristezas, o nada, o tudo...

Muitas momentos me sinto cercada de coisas, pessoas, sentimentos, sonhos, outras vezes parece que tudo fica vazio...

O sentido de uma trajetória está na própria proposição de buscar modos diferentes de recomeçar, de processar de se informar ....

Carrego muitos sujeitos, que me fazem repensar, experienciar, viver...e me transformar como individuo...

Obrigada pela oportunidade de te-los por perto, nem sempre perto, mas sempre por perto....

Rose Rocha

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Aula para 06/08/09 - Proponentes: Mariana, Renata e Fernanda.

Exercício de nomear aos movimentos:

1-Aquecimento de entrada: foco na cabeça, bacia e torax.

2-Palavras: comunicar, experimentar e atravessar.

10 minutos de dança.
O que essas 3 palavras emergem no movimento? Pensar nessa dança que surge a partir disso e focar na atenção e no eco delas no corpo.

3-Auto-documentação: escrever sobre o que moveu, tentando resgatar o movimento e assim dando continuidade a ele.

4-Reorganização: depois dessa escrita, observar esse terceiro lugar que o corpo entra - traduzir e reorganizar essa escrita no corpo.

5-Exposição: expor o que foi reorganizado num lugar de experiência e de comunicar, que é atravessado por informações que podem ser propostas nao só do acaso. A experimentação é aberta para o Atravessar.

Como eu organizo pra mostrar esses experimentos, comunicando...
sentir que o espaço é aberto para atravessar a informação do outro

quinta-feira, 25 de junho de 2009

Nomear é buscar intimidade com o mundo:

"... para atribuir nome a algo precisamos ter intimidade com aquilo que conquistou o nosso olhar. Ao longo da história as pessoas vêm relacionando com o mundo atribuindo os nomes seja por uma paixão ou uma simples necessidade. Mas independente de tudo, entendi que o vocabulário de um povo são as intimidades dele com o mundo; .... Seja de paixão, des-paixão ou de necessidade de (sobre)vivência. Entender isto me fez querer descobrir mais coisas a serem nomeadas por mim; não porque existem dicionários a serem descobertos pelo mundo, mas simplesmente por ansiar mais intimidade com tudo que me rodeia.” Yiuki

http://desvaneco.blogspot.com/2008/07/intimidade-atrs-dos-nomes-yiuki.html

quinta-feira, 4 de junho de 2009

Experiência x Conceito

“No homem a experiência deriva da memória. De fato, muitas recordações do mesmo objeto chegam a constituir uma experiência única.” (Aristóteles)*.
As próprias percepções possuem memórias: Memória gustativa, olfativa, tátil, visual e auditiva. Todas as experiências são memórias. Mas quando as experiências do passado criam juízos que atrapalham as nossas percepções inéditas? Em que momento esses mesmos juízos ajudam-nos a compreender melhor o nosso entorno?
De um lado, encontro o corpo que se manifesta no hábito dentro do mundo conhecido - são os movimentos e espaços meus que tendem da trivialidade à banalidade. Noutro está o meu lado humano, artista e bailarino que necessita degustar o que o presente tem a me oferecer e acrescentar. Uma dualidade instigante onde a própria experiência fresca é a mesma que cria os pré-conceitos do amanhã.

Yiuki Doi

* Trecho retirado do capítulo "Sapiência é o conhecimento de causas" do livro Metafísica II de Aristóteles

Links interessantes:
Os Caminhos da Fenomenologia - Site da Unicamp
Epoché fenomenológica - Wikipédia

terça-feira, 2 de junho de 2009

Corpo no Cotidiano

"O importante é você perceber em vez de olhar!" frase do texto O Corpo fala...e expressa de Suzana Martins. E surgem algumas questões: Quem percebe? O que percebe? como selecionamos o que percebemos e porque?...


Mariana Batista

Percepções

Segue um resumo de percepção que venho coletando. Não existe fonte de referência, pois a intenção de eu coletar não era para fins acadêmicos, somente como uma reflexão pessoal, mas acredito que é interessante nos estudos de percepções que temos feito no grupo.

PERCEPÇÃO VISUAL
Formas,
faces e emoções associadas. Um tipo especializado de percepção de formas,
relações espaciais, que envolve profundidade, orientação e movimento,
Percepção de cores (ou visão em preto e branco),
Intensidade luminosa,
Discriminação,
Localização,
Reconhecimento,
Compreensão,
Atenção e
Memória.

PERCEPÇÃO SONORA
Atributos físicos do som (volume, timbre e afinação),
Elementos musicais (melodia, ritmo).
Detecção do som,
Discriminação,
Localização auditiva (permite distinguir o local de origem de um som),
Reconhecimento,
Compreensão,
Atenção e
Memória.

PERCEPÇÃO TATIL:
Discriminação tátil (Forma e tamanho),
Percepção de calor,
A percepção da dor,
Localização,
Reconhecimento,
Compreensão,
Atenção e
Memória.

PERCEPÇÃO OLFATIVA
Discriminação de odores,
O alcance olfactivo,
Localização,
Reconhecimento,
Compreensão,
Atenção e
Memória.

PERCEPÇÃO GUSTATIVA
Discriminação de sabores,
Gostos primários ou Básicos (doce, ácido, amargo, salgado, umami - esse último é o gosto produzido por soluções aquosas de glutamatos, exemplo: glutamato monosódico),
Localização,
Reconhecimento,
Compreensão,
Atenção e
Memória.

Por Yiuki

sexta-feira, 15 de maio de 2009

Os Monstros – Textos e Pretextos, Primavera/Verão 2006, nº 8

Há cinco anos atrás, o filme Monsters Inc., realizado por Peter Doctor, invadia as salas de cinema, lotadas por um público muito jovem, ou nem tanto. A campanha de marketing mobilizou os consumidores que compraram, em grande escala, pequenas réplicas do monstro azul e felpudo, protagonista do filme. Na história, este monstro detinha o record de sustos de Monstropolis, uma cidade cuja energia era obtida a partir dos gritos das crianças. Todo os outros monstros visitavam o mundo através de portas especiais que comunicavam com os armários dos quartos dos miúdos.

A este exemplo somam-se tantas outras personagens cinematográficas que fazem parte do nosso imaginário: Frankenstein, X-Men, Hannibal Lecter, o simpático Shrek ou uma extensa lista de seres mutantes da Marvel. Em Homero, Rabelais, Mary Shelley, Kafka, entre tantos outros, na Literatura, na BD, nas Artes Plásticas, no Teatro e na Dança, os monstros vão-se acumulando e permitem-nos quase falar de uma ‘monstruosidade banalizada’. E se foram inúmeros os monstros imaginários na Antiguidade, ou os monstros de uma memória colectiva – quem poderá esquecer o Adamastor? – somos ainda invadidos por outros tipos de monstros bem diferentes, por exemplo, em freak shows: anões e gigantes, homens-mosca, homens-rã, homens-porc, verdadeiras aberrações que questionam a nossa identidade e se transformam, elas próprias, numa identidade indefinida.

Hoje somos confundidos pela velocidade do que nos rodeia e que nos dá a sensaçao de estarmos quase sempre atrasados. Questionamo-nos por isso sobre o que é ser e ter um corpo e de que forma podemos afirmar a nossa singularidade. E nesta permanente busca os monstros encantam-nos e perturbam-nos.

Por que nos fascinam então tanto os monstros? E o que determina a definição de um monstro como tal? Um rosto sem boca? Quatro olhos em vez de dois? Uma função orgânica anormal? Ou será o monstro também aquele que, invariavelmente, nos habita e que tentamos a todo o custo adormecer?

Margarida Gil dos Reis

domingo, 26 de abril de 2009

?

O corpo que se organiza numa estrutura que respira que dialoga e que se contamina, se organiza num agregado de partes, partituras, pedaços, sendo o mesmo correndo por uma sequência de informações que criam uma determinada “característica” a qual lhe oferece uma forma, um lugar estável de identificação e retorno que se desdobra e se prolonga também para outras direções mas sem deixar de ser o mesmo.
Superficie e profundidade.

"o tempo que desdobra, desfaz, decompõe, expõe.
entropia do sentido e das formas
entropia que gasta e devora tudo no tempo"
(o silencio das metamorfoses - josé gil "sem título" escritos sobre arte e artistas)


renata roel, lisboa 26/04/2009

sexta-feira, 24 de abril de 2009

A trajetória do corpo

Ontem assisti a francesa "Cie Toufik OI", aqui em Salvador-BA. O espetáculo me chamou a atenção pelas diferenças dos corpos como o tamanho, tons de pele, a velocidade do movimento, a nudez exposta sem nenhuma pretensão e a fluidez de cada um deles.
Hoje minha cabeça está movida por todas as imagens que vivenciei ontem. Assiti corpos presentes, autênticos, fortalecidos, emaranhados no espaçotempo.
Meu interesse em estudar os trajetos, as histórias, as memórias, as experiências fica cada vez mais latente, porque faz sentido entender o que realmente está imbricado na construção de um corpo. E ele só existe porque carrega coisas, pessoas, histórias, relações, princípios,vontades, sentimentos,lugares,cores,o bom , o ruim, prazeres e desprazeres, amores e desamores....
Talvez, ontem, eu não contatei o quanto estar naquele lugar mexeu tanto com minhas percepções sobre vãrios aspectos. Com aquelas pessoas todas, com aquelas cenas, com aquelas músicas, tanto sensações vividas.
Agora,estou tentando movê-las de forma que faça relações com o mundo externo. As pessoas, as mensagens, o trabalho, o calor do sol, o azul do mar, o vento no meu rosto...enfim, o que realmente faz parte desse corpo, dessa momento que chamamos de VIDA.

Rose Rocha.
Salvador, 24.4.09

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Vontades e interesses

Quais são agora?
Incrivelmente surpreendentemente interessantes são as vontades.
Estas sim podem ir e vir a hora que bem entenderem e quase sempre conseguem realizar a tarefa que foram destinadas a cumprir.
Uma vontade anda por aí, de corpo em corpo, só esperando ser despertada e justamente quando isso acontece, o interrese vem junto com ela.
O interesse pela vontade é, na maioria das vezes incontrolável. Será possível diagnosticar uma vontade sem ter o mínimo interesse por ela?
E ele, aparece sem a vontade?

Fernanda,
Curitiba, 23/04/09, 23:55 hrs.

Poiéticos

histórico do grupo

Grupo de Dança da FAP (Faculdade de Artes do Paraná)


Histórico:

Surgimento: 1986
Oficializado: 1987

Diretores:
Francisco Duarte (1987-1988)
Eva Schul (1989-1990)
Eduardo Laranjeira/assistente Débora de Lara (1990-1992)
Débora de Lara /assistente Rosimara Viol (1993-1995)
Rosemeri Rocha 2000-2009
Gládis Tridapalli 2006 (1 semestre)



Equipe 2009:
Direção: Rosemeri Rocha
Assistente de direção: Marila Velloso
Proponentes dos Núcleos de Pesquisa: Mariana Batista e Camila Chorilli
Preparação corporal: Alessandra Lange
Aulas de Dança Contemporânea: Camila Chorilli e Mariana Batista
Produção: Loana Campos
Assistente de Produção: Fernanda Locatelli

Obras significativas:
Quíron (2002) – Concepção e Direção: Rosemeri Rocha
Poiétikus (2003)- Concepção e Direção: Rosemeri Rocha
O Universo Elegante (2004)- Concepção e Direção: Rosemeri Rocha
Kaibalion (2005)- Concepção e Direção: Rosemeri Rocha -
Paredes são Janelas (2006)- Concepçaõ e Direção: Gládis Tridapalli
Spin (2006)- Concepção e Direção: Rosemeri Rocha
UNO(2008)- Concepção e Direção: Rosemeri Rocha
Não Expor ao sol- Vida e Vídeo Clip (2008)- Concepção e Direção: Luciana Navarro
Ucronico (2008)- Concepção e Direção: Mariana Batista
Caláfrios no Pelo (2008)- Concepção e Direção: Renata Roel
Errantes do Espaço (2008)- Concepção e Direção: Juliana Alves

Equipe Técnica:
Érika Mithiko (iluminadora)
Músicos- Angelo Esmanhotto ( foi músico residente por sete anos, criou as trilhas sonoras de cinco obras), entre outros.
Cenógrafos; Lauro Borges (Quíron e Poiétikus), Solano dos Santos (O Universo Elegante), Kátia Horn (Kaibalion), Daniel Chaves (Spin).



Proposta artística:

1986 a 1996:
Possibilitar aos alunos da Faculdade de Dança a oportunidade de a “performance”de palco, não ficando restritos à sala de aula e aos poucos espetáculos anuais, criando experiência em apresentações em locais variados; Convidar vários coreógrafos com linguagens/vocabulários distintos e diferenciados dentro da área da dança neoclássica, moderna e contemporânea

2000 a 2007:
O foco de atenção está na pesquisa do movimento através do estudo do corpo, a fim de criar novos caminhos para que o criador-intérprete possa descobrir sua própria individualidade. O estudo da anatomia e da fisiologia tem sido fundamental para consciência do corpo, é o ponto de partida para o conhecimento do indivíduo e suas possibilidades de movimento do corpo que dança, com suas diferenças inerentes.

2008 e 2009:
A proposta está focada na criação de núcleos de pesquisa, para que o ambiente criativo possibilite não apenas a formação de artistas criadores-intérpretes como também artistas coreógrafos. Visa compartilhar as pesquisas com alguns espaços que já propõem eventos artísticos, fortalecendo o intercâmbio entre os artistas na cidade. Com a criação dos núcleos, as pesquisas podem ser aprofundadas e multiplicadas, dando mais visibilidade e crescimento para o Grupo, para a dança de Curitiba (PR), como também do Brasil.

O Grupo:

O Grupo de Dança faz parte do Curso Superior de Dança da Faculdade de Artes do Paraná. Foi criado em 1987, a partir da parceria realizada com a Fundação Teatro Guaíra, desvinculado desta instituição em 1994, o Grupo passa a fazer parte da Faculdade de Artes do Paraná (FAP).
Desde 2000, o Grupo está sob a direção da professora e coreógrafa Rosemeri Rocha.
O Grupo da FAP se apresenta em diversos eventos de todo país, recebeu alguns prêmios e é reconhecido pelos críticos por desenvolver uma linguagem em dança contemporânea.
Um referencial do Grupo foi a participação do músico Angelo Esmanhotto, que criou todas as trilhas sonoras das obras, sempre em parceria com outros músicos como: Ary Giordani e Mario Carta, entre outros.
É composto por um público heterogêneo, em média de quinze pessoas, com faixa etária variada e a grande maioria são graduandos e egressos em dança. Participam também alunos dos cursos de Artes Visuais, Musicoterapia, Música e Artes Cênicas, assim como a entrada é a aberta a participação da comunidade artística e em geral.

sexta-feira, 3 de abril de 2009

Trechos do livro de C.Lispector – A hora da Estrela

…“Eu não sou um intelectual, escrevo com o corpo. E o que escrevo é uma névoa úmida. As palavras são sons transfundidos de sombras que se entrecruzam desiguais, estalactites, renda, música transfigurada de órgão. Mal uso clamar palavras a essa rede vibrante e rica, mórbida e obscura tendo como contra-tom o baixo grosso da dor. Alegro com brio, tentarei tirar ouro do carvão. Sei que estou adiando a história e que brinco de bola sem a bola. O fato é um Ato? Juro que este livro é feito sem palavras. É uma fotografia muda. Este livro é um silêncio. Este livro é uma pergunta.

Será mesmo que a ação ultrapassa a palavra?

Mas que ao escrever – que o nome real seja dado as coisas. Cada coisa é uma palavra. E quando não se a tem, inventa-se-a. Esse vosso Deus que nos mandou inventar.

Tudo isso, sim, a história é história. Mas sabendo antes para nunca esquecer que a palavra é fruto da palavra. A palavra tem que se aparecer com a palavra. Atingi-la é o meu primeiro dever para comigo. E a palavra não pode ser enfeitada e artisticamente vã, tem que ser apenas ela.

Ainda bem que o que eu vou escrever já deve estar na certa de algum modo escrito em mim. Tenho é que me copiar com uma delicadeza de uma borboleta branca.

sexta-feira, 27 de março de 2009

Sustentando idéias e movimentando em rede o que acontece…

O grupo de dança da fap, um lugar/espaço de portas abertas onde as pessoas/artistas formam esse coletivo de estar, de trocar, de propor, de movimentar, de estabelecer redes de pensamentos, de expor e experimentar em aulas e em cena talvez também possa se esticar e prolongar com esses acontecimentos para a rede virtual...

A ideia de ter um blog onde possam circular nesse espaço em rede imagens, textos, expor o trajeto do grupo, expor as ideias e os acontecimentos é interessante no fato de que esse acesso virtual gere mesmo um dialogo em movimento mais do que um lugar em que as coisas se fixem e não se movam dali…

A proposta é dar movimento ao blog, talvez um comprometimento com o blog, com um escrever, com um expor, com uma imagem abra um lugar de aproximação e reverberação do que acontece nos encontros do grupo e do que se coloca em rede no blog. Acredito que seria interessante o blog ter ramificações de artigos das propostas de trabalho, de depoimentos de exercícios, de criticas e discussões sobre trabalhos, sobre tentativas, e enfim o próprio exercício de estar atualizando e propondo situações ao blog é um “super exercício” de mover, de estabelecer relações e trocas.

O blog, é um lugar também de produzir mais do que de expor datas e trajetos, é um lugar onde as pessoas acessam e criam suas relações.
É uma pratica não tão fácil estar escrevendo e postando alguma situação que emergiu do grupo, de uma aula, experimento ou vontade por que talvez, um dos fios dessa rede de comunicação se escapa quando vai se afrouxando, e a ideia é de vincular, aproximar o fios dessa comunicação que acontece no grupo. E então essa palavra “manutenção” entra em questão no sentido de como manter sustentada em rede/palavras/imagens e questões.

Algumas possíveis ideias…

· Textos/artigos sobre o que é proposto e desenvolvido no grupo.

· Exercícios/praticas que acontecem em aula podem vir a ser debatidas e expostas em escrita no blog

· Um acervo de imagens (o que já deve ter)

· Depoimentos de algum trabalho do grupo

· Depoimentos de quem passou pelo grupo

· Coisas que acontecem no grupo e por extensão dele



Talvez essa possibilidade de acessar no blog esse transito que acontece no grupo e poder trazer esse dialogo para os encontros do grupo é uma maneira também de recepcionar/aproximar quem chega e os curiosos.



É uma pratica de manter o grupo online …

POR RENATA ROEL - LISBOA, MARÇO DE 2009

sexta-feira, 20 de março de 2009

Apresentando o Grupo

O Grupo de Dança da FAP foi criado em 1987, pertencendo ao Curso Superior de Dança da Fundação Teatro Guaíra em parceria com a Pontifícia Universidade Católica do Paraná. Desvinculado desta instituição, em 1994, o Curso de Dança passa a fazer parte da Faculdade de Artes do Paraná (FAP). Desde então, o Grupo passa a se chamar Grupo de Dança da Faculdade de Artes do Paraná. Desde 2000, o Grupo está sob a direção da professora e coreógrafa Rosemeri Rocha. O Grupo de Dança da FAP se apresenta em diversos eventos em todo o país. Recebeu diversos prêmios e é reconhecido pelos críticos por desenvolver uma linguagem em dança contemporânea. Um diferencial do Grupo de Dança da FAP é a participaç!ao do músico Ângelo Esmanhotto, que criou as trilhas sonoras das obras do grupo (entre 2002 a 2006), em parceria com os músicos Ary Giordani, Mário Carta, entre outros. O Grupo é formado por um público heterogêneo, em média quinze pessoas com faixa etária variada, sendo a grande maioria graduandos e egressos do Curso de Dança. Participam, também, alunos dos Cursos de Artes Visuais, Musicoterapia, Música e Artes.